segunda-feira, 27 de maio de 2013

Bertrand Russel




Bertrand Arthur William Russell
 Nasceu em 18 de maio de 1872




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Russell foi um Político liberal, activista, um popularizador da filosofia e um dos mais influentes matemáticosfilósofos e lógicos que viveram no século XX. Foi respeitado por inúmeras pessoas como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade.

Nasceu em 1872, no auge do poderio econômico e político do Reino Unido , e morreu em 1970, vítima de uma  gripe, quando o império se tinha desmoronado e o seu poder drenado em duas guerras vitoriosas mas debilitantes. Até à sua morte, a sua voz deteve sempre autoridade moral, uma vez que ele foi um crítico influente das armas nucleares e da guerra estadunidense no Vietnã. Era inquieto.





  • Contribuições:

- Lutou pelos ideais humanitários e pela liberdade do pensamento, recebendo o Nobel da Literatura em 1950 em reconhecimento dos seus variados significados. 


- Durante sua longa vida, Russell elaborou algumas das mais influentes teses filosóficas do século XX, e, com elas, ajudou a fomentar uma das suas tradições filosóficas, a assim chamada Filosofia Analítica

Segundo Russel, A ética ecocêntrica coloca a natureza como tema central do planeta e o homem como parte dela. Esta concepção se contrapõe à ética antropocêntrica, adotada pela cultura tradicional européia, que considera o homem como o centro e senhor do universo e a natureza como subordinada aos seus interesses. A visão ecocêntrica parte de dois princípios: em primeiro lugar, considera que todos os seres que compõem a natureza, da mesma forma que o homem tem direito à vida; segundo, que é impossível preservar o homem se a natureza for destruída. Quer dizer: estamos todos em um mesmo barco. Ou nos salvamos todos ou não se salva ninguém. Além disso, a ética ecocêntrica responsabiliza o homem pela salvação de todos, pois ele é o único que tem consciência do que está acontecendo e é o que mais destrói.

Causas políticas 

Russell passou os anos 1950 e 1960 envolvido em várias causas políticas, principalmente relacionadas com o desarmamento nuclear e a oposição à Guerra do Vietnã
Ao longo de sua vida Russell escreveu diversos livros e ensaios criticando e propondo novas soluções para a sociedade em diferentes momentos, desde a virada do século XIX até boa parte do século XX. 

Visão sobre a sociedade 



"O sistema que preconizamos é uma forma de socialismo de guilda, tendendo mais talvez para o anarquismo do que o aprovariam inteiramente seus defensores oficiais. É nas questões que os políticos habitualmente ignoram - ciência, arte, relações humanas e alegria de viver - que o anarquismo se mostra mais forte, e é principalmente por causa delas que incluímos em nossa discussão certas propostas mais ou menos anarquistas, como por exemplo, o 'salário do ócio'. É por seus efeitos fora da economia e da política, ao menos tanto quanto por seus efeitos nelas, que um sistema social deve ser julgado. E, se o socialismo um dia vier, é provável que só se revele benéfico se os bens de natureza não econômica forem valorizados e conscientemente procurados." Bertrand Russel



Pacifismo, guerra e armas nucleares 


Russell nunca foi um completo pacifista. Ele resistiu a guerras específicas cujas motivações eram contrárias aos interesses da civilização e, portanto, imorais. 


"De minha parte, enquanto eu estiver convencido de ser um socialista assim como o mais ardente marxista, eu não considero o socialismo como um evangelho de vingança do proletariado, nem mesmo, "principalmente", como um meio de assegurar a justiça econômica. Considero o socialismo como sendo principalmente um ajuste da produção das máquinas com base em considerações de bom senso, e calculado para aumentar a felicidade, não só de proletários, mas de todos, exceto uma pequena minoria da raça humana que insistirá em combater este novo modelo de maneira tão radical que não será possível estabelecer um novo mundo sem que tal grupo seja derrotado."
 Bertrand Russell
"The Case for Socialism" (In Praise of Idleness, 1935, pg. 81)


Russell era um membro da Partido Liberal Britânico e escreveu em favor do sufrágio feminino. Em seu panfleto de 1910, ansiedades Anti-Suffragist, Russell escreveu que alguns homens que se opunham ao sufrágio o faziam porque "...têm medo de que a liberdade deles para agir de maneiras tão prejudiciais para as mulheres fosse reduzida." Em maio de 1907, Russell concorreu para o Parlamento Britãnico levantando a bandeira do sufrágio feminino, mas não foi eleito

Sexualidade 

Rusell escreveu contra a noção de moralidade vitoriana. O livro O casamento e a moral (1929) expressou sua opinião de que o sexo entre um homem e uma mulher que não são casados ​​entre si não é necessariamente imoral se eles realmente se amam, e defendeu "casamentos experimentais" ou " casamentos de companheirismo" - as relações em que os jovens poderiam legitimamente ter relações sexuais sem serem, a longo prazo, obrigados a manterem-se casados ou a terem filhos - ante uma ideia proposta pela primeira vez pelo juiz Ben Lindsey) formalizada na época.  

 Russell também foi um dos primeiros intelectuais a defender abertamente a educação sexual e amplo acesso a métodos contraceptivos. Defendia ainda a facilitação do divórcio, mas somente no caso de caso de casamentos sem filhos - a visão de Russell era de que os pais deveriam permanecer casados mas tolerantes à infidelidade sexual caso tivessem filhos. Russell também foi um ativo defensor dos direitos dos homossexuais, sendo um dos signatários da carta de A.E. Dyson de 1958 para o The Times pedindo uma mudança na lei sobre práticas homossexuais, que foram parcialmente legalizados em 1967, quando Russell ainda estava vivo. 

Russell propôs, em sua autobiografia, um "código de conduta" liberal baseado em dez princípios, à maneira do decálogo cristão. "Não para substituir o antigo", diz Russell, "mas para complementá-lo". Os dez princípios são:

Não tenhas certeza absoluta de nada.

- Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.

- Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.

- Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória que dependente da autoridade é irreal e ilusória.

- Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.

Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.

Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.

Encontra mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.

Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.

Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.

  • Frases de Russel: 

" Não possuir algumas coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade" Bertrand Russell

" O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido". Bertrand  Russell



Um comentário:

  1. Muito bom o post. Você saberia me dizer de onde consta a frase "o tempo que você gosta de perder não é tempo perdido"? Imagino que seja do livro "Elogio ao Ócio", mas como não o li não posso afirmar. Pode ser de uma entrevista também.

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